quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

OS DIAS




Os dias
Como feitiços do tempo
Correndo ao encontro
De um mágico momento
Na foz do infinito
Onde se perde a noção
De medo ou perigo
Para então mergulhar
No oceano de tudo que é possível

Os dias humanos
Dias mortais que remetem à fragilidade da matéria
O fluxo de acontecimentos
Que prossegue revelando lentamente
A grandeza de tudo que vai surgindo
O que vai se mostrando real
Aparecendo devagar aos que antes nem sequer imaginavam

Aquilo que aflora
Para que existir seja um fato consumado
Gerando conseqüências
Desenvolvendo contínuas modificações
E vamos nos adaptando a tudo isto
Em nossa busca de paz, alegria e bem-estar

E vamos
Nos conformando com os limites da existência
Desde que possamos contar com alguns momentos de felicidade
Portanto nem sempre lamentamos
E muitas vezes esquecemos
A grandeza do esforço que é viver
Nesta condição física
Dentro desta civilização doente
Que se mostra incapaz de dar prioridade
Ao suprimento do que é necessário
Para que possamos viver com equilíbrio,
Saciados de estímulos positivos,
Em harmonia com o mundo natural.

***
22/12/2011

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